terça-feira, 2 de setembro de 2014

Pitohui, a ave venenosa


    Jack Dumbacher, atual pesquisador da Academia de Ciência da Califórnia, ainda era um jovem recém-formado quando participou de expedição às florestas tropicais da Nova Guiné. Durante uma de suas aventuras pela mata, foi arranhado por uma ave que, por conta de sua coloração diferente na cabeça e pescoço, parecia estar usando capuz.
   Tratava-se de uma das espécies do gênero Pitohui, primeira ave venenosa a ser cientificamente documentada. A descoberta foi feita pelo próprio Dumbacher, que sentiu na pele os efeitos da toxina doPitohui. Ao ser arranhado a mão, o pesquisador sentiu dor e, por reflexo, chupou o dedo. Foi quando começou a perceber a boca formigar e queimar e foi avisado por nativos da região de que se tratava de um pássaro venenoso - desconhecido pela ciência.
     Segundo os cientistas, o veneno do Pitohui está localizado em sua pele e penas. Trata-se de uma toxina chamada de homobatracotoxina, que tem a capacidade de provocar paralisia no corpo dos seres vivos - inclusive nos músculos do coração, podendo causar a morte.
    O Pitohui usa a substância para se defender de predadores ou, então, para caçar. O envenenamento acontece quando a toxina entra em contato com a boca, os olhos, as mucosas nasais ou a pele machucada da vítima - que, quase instantaneamente, começa a sentir dormência e paralisia no local.
   O mais curioso é que essa característica incomum do pássaro, provavelmente, é resultado da sua alimentação. Os Pitohuis se alimentam, principalmente, de besouros da família Melyridae, que são uma poderosa fonte de homobatracotoxina. O mesmo fenômeno acontece com os sapos Dendrobatidae que comem o insetos (formigas principalmente) que possuem alcalóides.
     Os cientistas avisam que nem todas as espécies de pitohuis são venenosas - normalmente, as que tem cores mais escuras são mais perigosas. Mas, na dúvida, se encontrar um pássaro desses em uma aventura pela Nova Guiné, mantenha distância.
Pitohui, a primeira ave venenosa descoberta pela ciência
Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/pitohui-a-primeira-ave-venenosa-descoberta-pela-ciencia

Um estranho hábito entre os Artrópodes

Após a cópula, a Aranha Caranguejeira fêmea costuma enrolar o macho em sua teia, com o intuito de alimentar os filhotes que nascerão dois meses após o acasalamento. Tais restos mortais servem como primeira refeição para os pequenos. 




Já a Viúva Negra, após a cópula, ao retirar seu órgão sexual do macho, acaba provocando a quebra do bulbo no seu parceiro, fazendo com que ele perca muita hemolinfa, muitas vezes levando a sua morte. Quando isso acontece, a fêmea o reconhece, por estar em sua teia, como alimento fácil, o comendo para recuperar suas energias. 




Os hábitos canibais relacionados a parceiros não param por aí. A Aranha-de-costas-vermelhas (Latrodectushasselti) macho costuma atrair a fêmea durante o acasalamento aproximando seu abdômen da boca desta, de modo que ela o como durante o ato. O sacrifício é consumado em 2/3 dos casos. Mas não são só as aranhas que possuem tal mania.




A Louva-a-Deus fêmea, após o acasalamento, agarra e devora vivo seu parceiro, adquirindo energia suficiente para construção das ootecas, lugar onde ficam os ovos. O funcionamento do mundo animal é realmente surpreendente!



Marsupiais


Coalas: encontrados na Austrália, fossas nasais desenvolvidas para ajudar no equilíbrio térmico, possuem cinco dedos todos com garras afiadas (menos o polegar), sua pelagem é forte e densa, pois não constrói abrigo e dorme ao sol e vento e o seu intestino é especializado para digerir celulose.
Cangurus: encontrados na Austrália, possuem patas traseiras possantes, sua gestação dura de 30 a 40 dias, um ataque deles pode matar um humano, mas eles só atacam quando provocados.

Diabos da tasmânia: encontrados na Austrália, possui cinco dedos nas mãos e quatro nos pés, a cauda serve para reservar gordura e consegue farejar até um quilômetro.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gNqQL-1gZF8

Seres Abissais

    Ser abissal é aquele que vive na zona abissal e apresenta modificações perante essa condição. Esses seres têm esqueletos leves e alguns podem engolir presas duas vezes maiores que seu corpo, pois possuem um corpo elástico.
    Alguns apresentam luzes em seus corpos, produzidas por células luminosas ou por bactérias que lançam flashes ocasionais, ajudando a iluminar o ambiente.
    Alguns seres abissais possuem hastes para atrair as presas com uma luz na ponta, essa luz é gerada a partir de uma glândula de pele que compreende uma lente, refletor de duas substâncias químicas, a luciferina, que serve como combustível, e a luciferase que serve como catalisador, sendo lançadas, e provocando uma combustão, porém a luz lançada é uma luz fria, uma emissão de luz sem emitir calor junto.
    Os hábitos desses seres são diferenciados, alguns sobem para a superfície à noite para alimentar-se comendo plâncton, alguns vivem nas profundezas. Os seres abissais são seres capacitados a viver em altas pressões, por isso a superfície não é uma zona restrita para eles, no entanto, como a maioria é cega ou tem visão prejudicada, não sobem a superfície.
    Alguns apresentam uma "vara de pesca" com que, literalmente, pescam seu alimento, na ponta dessa vara há geralmente algum tipo de isca ou uma luz que faz com que o alimento siga até sua boca. Existem muitas dificuldades para esses seres: as altíssimas pressões, as temperaturas baixas, a dificuldade de reprodução e de encontrar comida.
    A reprodução é outra dificuldade para esses seres. Um caso especial é o Melanocetus johnsonii (o peixe diabo) em que o macho, ao encontrar a fêmea, se junta a ela, passando a ter a mesma circulação, como um parasita. A única serventia do macho é armazenar esperma para a fertilização da parceira. Outros seres abissais são hermafroditas e quando não encontram um parceiro fecundam-se a si mesmos. Em alguns a diferenciação sexual é apenas uma questão de amadurecimento.

    Existem várias outras espécies abissais, como os crustáceos, as águas-vivas, as esponjas, os peixes de vidro e etc. Não existem seres fotossintetizantes, portanto, não há possibilidade de existir vida herbívora nas fossas abissais, muitos se alimentam de plâncton, restos de peixe e de outros animais da superfície.

Ctenophora

Tubarão da boca-grande

Peixe-pescador

Tartarugas Ninjas

 A desova das tartarugas é um dos processos mais bonitos do reino animal, em que esses répteis caminham até a praia para depositar em torno de ovos na areia, esse processo corre de 3 a 5 vezes na vida de cada fêmea. A tartarugas cavam ninhos que chegam a 65 cm de profundidade, enterram seus ovos, cobrem o ninho com areia, esse processo demora horas, e após concluirem-no as tartarugas ainda tem que fazer o caminho de volta ao mar.

Desova e nascimento de tartarugas marinhas.

Após 60 dias, os filhotes saem dos ovos e começam a se desenterrar, dando início ao longo caminho pela sobrevivencia. As tartaruguinhas, medindo em torno de 6 cm tem que voltar ao mar evitando o ataque de predadores como caranguejos, aves, polvos e peixes, além de fome e possiveis doenças. Estima-se que de cada 1000 tartarugas bebês, apenas 2 chegarão a fase adulta.

Abertura de ninho e soltura dos filhotes em Pipa, RN

Um fato interessante é que as tartarugas filhotes, no percurso até o mar, aprendem o caminho da praia e na fase adulta sempre voltarão a praia onde nasceram pra desovar, percorrendo até longas distâncias para executar este ato.

O senso de direção das tartarugas é algo incrível, que ainda não é totalmente esclarecido pelos pesquisadores. A explicação mais aceita diz que esses animais se guiam pelo campo magnético da Terra.

Bibliografia:
http://www.turtle-foundation.org/FactossobreTartarugas/Informa%C3%A7%C3%B5escient%C3%ADficas/tabid/144/language/pt-PT/Default.aspx
http://www.tamar.org.br/tvtamar.php?cod=198
LOPES, Sônia. Bio. Editora Saraiva, volume único.

Tamanho não é documento!

A rãzinha Phyllobates Terribillis é um anfíbio que se alimenta de pequenos insetos venenosos (com destaque ao besouro da família Melyridae), dieta que ajuda na formação de seu veneno alcalóide extremamente perigoso e raro, a homobatracotoxina. Essa toxina é forte o suficiente para matar 100 pessoas; cães e galinhas que caminharam sobre um papel toalha onde o bicho andou morreram na hora. A rã pode ser encontrada por toda a área tropical da América do Sul, sobretudo na Amazônia, já que a chuva e o calor são essenciais para o desenvolvimento dos anfíbios. Índios que vivem por essas regiões capturam as rãs com toda a cautela possível e raspam a ponta de suas flechas nas costas da rã para que o veneno facilite a caça. Assim que a operação é realizada, a flecha fica durante dois anos contaminada efetivamente. Outra aplicação interessante é a pesquisa para formação de anestésicos através da homobatracotoxina, já que essa substância tem potencial para a formação de relaxantes bem mais mais potentes do que a morfina.


Fonte: http://ambientalistasemrede.org/os-8-sapos-mais-venenosos-do-mundo/