terça-feira, 8 de abril de 2014

Será possível?

Novembro de 2013, o mar do Ceará amanhece da seguinte forma:



A vermelhidão do mar é um fato relatado também há mais de um par de milênios na Bíblia, no seguinte trecho: Apocalipse C8: V6-13 “E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las…. e tornou-se em sangue a terça parte do mar." De acordo com a bíblia, o sangue é a causa da coloração avermelhada das águas. O ocorrido em Fortaleza poderá ter tido tal origem? A resposta é não. É comprovado cientificamente que os agentes causadores desse fenômeno são protozoários flagelados unicelulares, os dinoflagelados - mais conhecidos como algas vermelhas, já que possuem uma pigmentação avermelhada no seu interior. Esses seres são habitantes naturais do fundo do mar e sua proliferação excessiva (causadora do tom avermelhado) está ligada a fatores como temperatura, iluminação e nível de poluição local.



Logo, não ouve nenhum "sinal do apocalipse" no Nordeste brasileiro, de acordo com a interpretação de alguns observadores, mas sim um fenômeno da natureza esporádico.

O Consumo de Algas Marinhas e seus Benefícios

Vistas por muitos como um verdadeiro tesouro do mar, as algas marinhas proporcionam benefícios à nossa saúde em geral. A utilização destas contribuem bastante para o bom funcionamento do sistema nervoso e endócrino, mostrando também melhoras na saúde dos cabelos, uma pele macia e um reforço do sistema imunológico.


Estudos confirmam também a ação antibiótica destas
 algas marinhas, inibindo a formação de tumores. Há também a redução do colesterol e a prevenção da arteriosclerose e da elevada tensão arterial como benefícios que foram descobertos ao decorrer do tempo.
Presentes em muitas dietas alimentares, as algas marinhas aumentam a oxigenação das células e proporcionam uma ação altamente benéfica sobre as glândulas, coração, artérias, fígado, vesícula biliar, rins, pâncreas, cólon, próstata, útero, ovários e testículos.
No ramo da beleza, as algas marinhas são utilizadas em diversos produtos. Entre as suas propriedades está a ajuda no controle da oleosidade da pele e dos cabelos, além das suas ações relaxantes e tonificantes.
Algas azuis, verdes, douradas, castanhas ou vermelhas, gigantes ou microscópicas, são ricas em clorofila e as melhores aliadas da sua beleza, pois:
- favorecem a redução de celulite;
- têm uma ação reafirmante;
- deixam a pele suave e hidratada;
- previnem estrias;
- clareiam manchas;
- são bactericidas, fungicidas e hipoalergénicas;
- têm capacidade exfoliante e branqueadora;
- atenuam as rugas;
- funcionam como um eficiente sistema anti-radicais livres.



Fonte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-ingestao-de-algas-marinhas.html

A Utilização de Fungos para Controle de Pragas

A cigarrinha das pastagens é uma praga que ataca plantas forrageiras e causa muitos danos, diminuindo a produção e qualidade do pasto, prejudicando o desempenho dos animais e consequentemente a rentabilidade da atividade. Existem várias espécies de cigarrinhas que atacam tanto pastagens, como milho, cana-de-açúcar e arroz.
                                                                   
Cigarrinha da pastagem.

As cigarrinhas são dependentes de um ambiente úmido para viver. Durante o ano ocorrem, normalmente, três picos na população desses insetos, podendo chegar a cinco, dependendo das condições do clima. Esses picos se estendem de outubro até abril, acompanhando o período chuvoso no Brasil Central. O primeiro ocorre geralmente no mês de novembro, o segundo do final de janeiro e começo de fevereiro e o terceiro em março e abril.
Durante o ciclo das cigarrinhas os ovos eclodem dando origem a forma juvenil do inseto (ninfa), que depois se transforma no adulto. As fases que causam dano para as plantas são as ninfas e os adultos, que sugam a seiva da planta e injetam uma toxina que diminui ainda mais o desempenho da pastagem.
A diferença entra a ninfa e o adulto é que a ninfa vive na base da planta, onde fabrica a espuma branca para proteção e pode ser facilmente identificada, enquanto o adulto tem asas e vive nas folhas. Quando ocorre infestação o pasto se apresenta amarelado e com pouco crescimento, mesmo na época chuvosa. Uma infestação de 20 ou mais insetos por metro quadrado pode reduzir em até 50% a capacidade de suporte da pastagem, dependendo da espécie do capim.
O controle da praga pode ser feito de várias maneiras. Por exemplo, podemos usar inseticidas, capins resistentes e controle biológico.
O controle biológico ainda não é muito comum em pastagens, mas em cana-de-açúcar é bastante utilizado para controlar as cigarrinhas. O controle biológico consiste no uso de um ser vivo para controlar a população de outro. No caso das cigarrinhas o controle pode ser feito por pássaros, aranhas, insetos predadores, entre outros, mas comercialmente os fungos são os mais utilizados. Mais especificamente o fungo Metarhizium anisopliae.
Existem vários laboratórios no Brasil que produzem esporos (estrutura que infecta o inseto) desse fungo.
O uso de controle químico ou do próprio fungo deve ser realizado de acordo com o número de insetos adultos ou ninfas na pastagem. O nível de controle não está estabelecido, mas é muito comum o controle ser feito quando ocorrem entre 10 e 15 ninfas por metro quadrado de pasto. A amostragem é feita com um quadrado de 50 x 50 centímetros feito de ferro ou madeira, coletando no mínimo 5 pontos para cada 10 hectares.
O fungo apresenta uma faixa muito variável de controle, de 10% a 60%, pois normalmente são aplicados em horários e temperaturas inapropriados e muitas vezes abaixo da dose necessária.
A recomendação é utilizar 5,0 x 1012 conídios por hectare (cerca de 500 gramas de conídios puros). Conídio é a parte do fungo que infecta o inseto. O volume de calda utilizado varia de 200 a 300 litros por hectare, sendo que a calda deve ser preparada imediatamente antes da aplicação. A aplicação deve ser feita no final da tarde ou em dias nublados, com temperatura perto dos 25ºC e o pasto deve ser mantido numa altura de 25 a 40 centímetros. Se essas condições do clima e do pasto forem mantidas, o fungo pode, teoricamente, permanecer mais tempo na pastagem controlando a praga. Nesse processo devemos utilizar um pulverizador com agitação da calda, senão a aplicação não é eficaz.

 Cigarrinha neutralizada pelo fungo.


O controle por meio do fungo tem algumas vantagens em relação ao controle químico, como o menor custo por área, permite que os animais fiquem no pasto (não é tóxico para eles) e não causa problema para o ambiente. Mas a vantagem mais importante é que o fungo consegue matar as ninfas e o químico não. Isso ocorre devido à espuma branca que impede que o inseticida chegue ao inseto, matando só os adultos. O fungo consegue atravessar a espuma e matar as ninfas, e consequentemente, diminuir o número de adultos na geração seguinte, reduzindo os danos à pastagem.

1 bactéria, 20 células

Estamos acostumados a classificar os organismos do grupo Monera como unicelulares, mas isso não é uma regra. Prova disso é a descoberta da Magnetoglobus multicellularis, que é – pasmem! - uma bactéria pluricelular. Encontrada na lagoa de Araruama, no Rio de Janeiro, ela é composta por 20 células que não podem existir isoladamente(ou seja, não são uma colônia), sendo que durante a duplicação apresentam  40 células.



No entanto, as peculiaridades desse indivíduo não se limitam ao número de células. Este ser se guia pelo campo magnético da Terra, isto porque tem a capacidade de produzir cristais de magnetita e greigita a partir do ferro que retira do ambiente, em um processo chamado biomineralização. Já havia registros de bactérias outras magnéticas desde 1975, o diferencial desta é o formato de globo, e daí vem parte de seu nome: Magnetoglobus.

Os cientistas admiram e estudam este indivíduo, mas ainda existem incógnitas. As bactérias magnéticas seriam uma evolução? Como estes seres controlam o tamanho, a fórmula e a composição química do cristal produzido? Á medida que estas questões recebem  respostas, a ciência avança e a vida melhora. A perspectiva dos estudiosos é que conhecendo os mecanismos da Magnetoglobus multicellularis poderemos fabricar vários tipos de imãs, cristais puros e de melhor qualidade, aprimorando a indústria.


Referencias Bibliográficas:
Livro: Bio. LOPES, Sônia. Volume Único, 2ª edição, Saraiva, 2008.


A História da AIDS

O ser humano pode criar uma doença? Não só podemos, como já fizemos isso, e não foi com a ajuda das novas tecnologias. Essa doença foi trazida a nós pela ganância e luxúria humana, não é a toa que estas são consideradas pecados. Enquanto os europeus precisam de mais mercado para se expandir, na África, um dos alvos do imperialismo, caçadores se infectavam com o vírus SIV (vírus da imunodeficiência símia, que infecta chimpanzés selvagens). Mas o curioso, é que esse vírus é facilmente suprimido pelo sistema imunológico humano e a taxa de transmissão entre humanos é baixa, logo, foi necessária a aparição de situações onde o vírus pudesse se espalhar mais efetivamente. Essas condições vieram com o colonialismo.
                O colonialismo foi fatal não só em aspectos políticos e sociais para a África, ele continha os elementos necessários para a evolução desse vírus: crescimento das cidades africanas, maior taxa de prostituição e promiscuidade e aumento na frequência de doenças genitais.  Só com o crescimento dessas cidades já havia condições favoráveis para o desenvolvimento dessa doença, mas é aqui que a ironia se encontra: o hiv tem baixa taxa de transmissão durante relação sexual vaginal, porém crescem as chances quando há alguma ferida nas genitálias, que era o caso das prostitutas que possuíam sífilis e outras DSTs. E para coroar a evolução dessa silenciosa doença, após a segunda guerra mundial várias campanhas médicas foram feitas na África e, em 99% das vezes, não havia esterilização das seringas usadas.

                Resta a pergunta, fomos nós que criamos a AIDS?

Taxonomia: a organização que levou ao desenvolvimento

         Já aconteceu de você precisar de um documento importante e não encontrá-lo na bagunça do seu quarto? Ou então de você precisar de fermento para o bolo, saber que tem em casa, mas não achá-lo? Certamente, sim. E, com certeza, você perdeu tempo procurando coisas que poderiam ter um lugar certo, atráves da tal da organização. Na natureza não é diferente. Do mesmo modo que colocamos nossos objetos pessoais no nosso quarto, a taxonomia foi criada para colocar os seres vivos nos seus devidos lugares. Assim como temos um lugar para roupas, um lugar para livros e um lugar para sapatos, foram criadas subdivisões dentro de aspectos maiores com o objetivo de agrupar semelhantes. Então surgiram os Reinos, Filos, Classes, Ordens, Famílias, Gêneros e Espécies, do grupo mais abrangente para o mais detalhado. Essa organização possibilitou o armazenamento de dados úteis para que pudessemos estudar mais a fundo cada organismo vivo do nosso planeta, trazendo consigo noções de como, quando e onde surgiu cada um. Junto com isso, e com a Sistemática, vieram conceitos como o de Clado e Anagênese. Este faz referência a uma forma de mutação das espécies a qual gera novas espécies com diferentes características do que tinha-se inicialmente; e aquela, refere-se a um grupo de acontecimentos que promovem a especiação, ou seja, dividem um espécie em mais de um grupo não semelhante. Além disso, surgiram aí ideias como de Apomorfia, características de apenas um grupo, e Plesiomorfia, características ancestrais que persistem nas espécies mais evoluídas. Também verificamos diferenciações quanto à origem evolutiva e à semelhança funcional de partes dos seres vivos, sendo homólogas no primeiro caso e, análogas, no segundo. Mas você deve estar se perguntando: para que serve todo esse conhecimento? Através dele, tornamo-nos capazes de produzir remédios essenciais como a penicilina (derivada de um fungo), a insulina para diabéticos (cultivada em uma bactéria); fazer estudos para prevenção e extermínio de doenças; para fins alimentícios e científicos, promovendo um maior controle sobre a vida humana e melhores condições de existência.