terça-feira, 8 de abril de 2014

1 bactéria, 20 células

Estamos acostumados a classificar os organismos do grupo Monera como unicelulares, mas isso não é uma regra. Prova disso é a descoberta da Magnetoglobus multicellularis, que é – pasmem! - uma bactéria pluricelular. Encontrada na lagoa de Araruama, no Rio de Janeiro, ela é composta por 20 células que não podem existir isoladamente(ou seja, não são uma colônia), sendo que durante a duplicação apresentam  40 células.



No entanto, as peculiaridades desse indivíduo não se limitam ao número de células. Este ser se guia pelo campo magnético da Terra, isto porque tem a capacidade de produzir cristais de magnetita e greigita a partir do ferro que retira do ambiente, em um processo chamado biomineralização. Já havia registros de bactérias outras magnéticas desde 1975, o diferencial desta é o formato de globo, e daí vem parte de seu nome: Magnetoglobus.

Os cientistas admiram e estudam este indivíduo, mas ainda existem incógnitas. As bactérias magnéticas seriam uma evolução? Como estes seres controlam o tamanho, a fórmula e a composição química do cristal produzido? Á medida que estas questões recebem  respostas, a ciência avança e a vida melhora. A perspectiva dos estudiosos é que conhecendo os mecanismos da Magnetoglobus multicellularis poderemos fabricar vários tipos de imãs, cristais puros e de melhor qualidade, aprimorando a indústria.


Referencias Bibliográficas:
Livro: Bio. LOPES, Sônia. Volume Único, 2ª edição, Saraiva, 2008.


Nenhum comentário:

Postar um comentário